As rodovias federais amanheceram sem registros de bloqueios na manhã desta quinta-feira (4), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Uma ala de caminhoneiros publicou uma convocação para uma greve geral a partir de hoje, difundida nas redes sociais com vídeos de Sebastião Coelho, descrito como desembargador aposentado, e de lideranças ligadas ao setor.
A convocação não detalha uma pauta única, mas menciona apoio à anistia de membros da categoria e à defesa de ajustes no Marco Regulatório do Transporte de Cargas.
Em entrevista ao Estadão, Francisco Burgardt, conhecido como Chicão caminhoneiro, representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, negou qualquer relação entre a greve e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nas redes sociais, caminhoneiros de diferentes estados divergem sobre a adesão, o que torna incerta a dimensão inicial do movimento.
Em nota, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo informou ter conhecimento de manifestações isoladas, mas afirmou não participar, não convocar e não possuir deliberação institucional envolvendo paralisação, greve geral ou mobilização relacionada à situação jurídica do ex-presidente.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) negou qualquer indicativo de paralisação da categoria no momento e afirmou que não apoiará pautas com viés político, ainda que existam demandas setoriais justas.
Ao Broadcast Agro, Francisco Burgardt, da UBC, estimou adesão de aproximadamente 20% da categoria na mobilização inicial, ressaltando que a participação depende da decisão individual de cada caminhoneiro.
Segundo Burgardt, a mobilização é apresentada como uma proposição nacional para cerca de 1,2 milhão de caminhoneiros autônomos, e ele afirmou ter embasamento legal para conferir legitimidade ao movimento.







