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Taxas dos DIs caem com PIB menor que o esperado e leilão de títulos do Tesouro

Taxas dos DIs fecham em queda após PIB brasileiro vir 0,1% no terceiro trimestre, menor que o esperado, e com leilão de títulos do Tesouro, sustentando apostas em cortes da Selic.

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Taxas dos DIs caem com PIB menor que o esperado e leilão de títulos do Tesouro

Contexto macroeconômico

As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em baixa, reagindo ao crescimento do PIB brasileiro menor que o esperado no terceiro trimestre e ao leilão de títulos prefixados realizado pelo Tesouro pela manhã.

Movimentação das taxas

A taxa do DI para janeiro de 2028 ficou em 12,73% no fim da tarde, em baixa de 5 pontos-base ante o ajuste de 12,783% da sessão anterior. Na ponta longa da curva a termo, a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,01%, em queda de 5 pontos-base ante o ajuste de 13,057%.

Dados do PIB

O IBGE informou que o Produto Interno Bruto cresceu 0,1% no terceiro trimestre, ante previsão de alta de 0,2% dos economistas ouvidos pela Reuters. O resultado mostra desaceleração do crescimento, que foi de 1,5% no primeiro trimestre do ano e de 0,3% no segundo. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o crescimento de julho a setembro foi de 1,8%, acima da expectativa de 1,7%.

Comentários de mercado

Segundo Lauro Sawamura Kubo, gestor de fundos da Patagônia Capital, a desaceleração do PIB abre espaço para queda de juros. Em reação, as taxas dos DIs cederam desde cedo, com movimento intensificado no meio da manhã pelo leilão de LTNs e NTN-Fs, ambos títulos prefixados.

Perto das 10h30, após a divulgação da oferta menor de títulos pelo Tesouro, as taxas dos DIs atingiram as mínimas do dia. O DI para janeiro de 2028 chegou a 12,685%, em baixa de 10 pontos-base ante o ajuste anterior.

Leilão e resultados

No leilão, realizado entre 11h e 11h30, o Tesouro vendeu 7,210 milhões de LTNs e 2,5 milhões de NTN-F.

No restante da sessão, as taxas dos DIs recuperaram parte das perdas, com lucros realizados por parte dos investidores, mas o dia encerrou em território negativo para o conjunto da curva.

A expectativa de corte da Selic — atualmente em 15% ao ano — permaneceu entre os agentes. A curva precificava nesta quinta-feira mais de 80% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic em janeiro, ante 78% no fim da quarta-feira.

Perspectiva externa

Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global — subia, com o mercado interno monitorando o movimento internacional. O mercado brasileiro segue a tendência de precificação de cortes nos EUA, que podem influenciar o cenário de juros domésticos.

Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos subia para 4,108%.

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