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Política

STF julga ações sobre Lei do Marco Temporal no plenário físico a partir de 10 de dezembro

STF inicia julgamento no plenário físico sobre a Lei do Marco Temporal a partir de 10 de dezembro, com leitura de relatório e sustentações, e possibilidade de desfecho em 2026.

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STF julga ações sobre Lei do Marco Temporal no plenário físico a partir de 10 de dezembro

Contexto

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar ações que discutem a constitucionalidade da Lei do Marco Temporal das Terras Indígenas a partir de quarta-feira, 10 de dezembro. O julgamento havia sido marcado para iniciar no plenário virtual, porém, após críticas sobre o debate no ambiente virtual, o ministro Gilmar Mendes, relator das ações, decidiu levar o caso ao plenário físico.

O primeiro dia está reservado para a leitura do relatório e para as sustentações orais de advogados e de terceiros interessados. As ações contam com dezenas de amici curiae, e as sustentações podem exigir várias sessões. Além disso, interlocutores do ministro indicam que o voto pode ser longo, o que aponta para um desfecho provável apenas em 2026.

O tema foi discutido por meio de uma comissão no STF que buscou conciliar posições ao longo de 23 audiências. A comissão foi encerrada em junho sem consenso definitivo sobre a tese do marco temporal, e o STF deve avaliar se homologa ou não o acordo apresentado e também se pronunciar sobre pontos em que não houve consenso.

Histórico e mecanismos de demarcação

Em setembro de 2023, o STF declarou a tese do marco temporal inconstitucional. Dias depois, o Congresso aprovou uma lei que recria a tese. O caso voltou ao STF por meio de ações que questionam a validade da lei. O relator indicou que pode manter alterações propostas na comissão sobre os procedimentos de demarcação, incluindo a participação de Estados e municípios onde se localizam as áreas reivindicadas em todas as etapas do processo.

Ao derrubar a tese do marco temporal, o STF definiu que proprietários que ocupavam as terras de boa-fé têm direito à indenização a ser paga pela União. Em audiência realizada em junho, o gabinete do relator apresentou uma proposta para retirar do arcabouço fiscal as indenizações por desapropriação, proposta que também pode ser levada ao plenário.

Proposta para acelerar desapropriações

A sugestão envolve a emissão de precatórios negociáveis no mercado, que poderiam ser usados para compensar o pagamento de tributos. Segundo fontes do gabinete do ministro, a ideia foi elaborada com economistas e especialistas em contas públicas e seria mais atrativa do que a negociação de precatórios já existente.

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