O governo de Milei planejava viajar a Washington para acompanhar o sorteio da Copa do Mundo FIFA 2026, mas cancelou a viagem em meio a controvérsias no futebol doméstico.
Segundo fontes próximas, a decisão também levou em conta uma disputa entre o governo de Milei e a Associação de Futebol Argentino (AFA) e o andamento de um acordo comercial com os Estados Unidos.
Conflito entre Milei e a AFA
O presidente da AFA, Claudio Tapia, e o governo divergem sobre a tentativa de abrir o futebol argentino à participação de capital privado nas equipes. Milei defende alterações para permitir que clubes se tornem sociedades anônimas, enquanto a AFA rejeita a medida.
Uma proposta apresentada em 2024 visava permitir que clubes recebessem investimento externo, desde que aprovassem os termos; o tema não foi implementado, após contestação judicial.
Contexto esportivo e político
A ausência no sorteio ocorre em meio a debates sobre governança do futebol argentino e o papel de investimentos privados no esporte. Analistas apontam que ações envolvendo a AFA e a FIFA podem ter impactos no relacionamento entre o governo e o futebol nacional.
O governo prepara uma agenda legislativa para a próxima semana, o que aumenta a importância de manter estável o ambiente esportivo para investidores e apoiadores.
Panorama do futebol argentino
Historicamente, clubes argentinos operam em estruturas associativas sem fins lucrativos, com debates sobre privatizações ocorrendo há anos. Enquanto a liga enfrenta desafios de gestão, clubes de outros países da região possuem contratos de televisão e patrocínios mais fortes, o que influencia competições continentais.
Analistas ressaltam que mudanças estruturais exigem planejamento e participação de múltiplos atores, incluindo ligas, federação e autoridades governamentais, para evitar impactos no desempenho esportivo e na atratividade comercial da liga.
O sorteio da Copa do Mundo FIFA 2026 reuniu seleções de 48 países distribuídas em grupos para a fase inicial.







